Morre Francisco e igreja católica perde o Papa mais cristão de todos os tempos
O falecimento do Papa Francisco neste dia 21 de abril é tema no mundo e motivo de consternação entre os católicos, especialmente àqueles de orientação mais progressista que valorizam o direito humano para ficar mais próximo do “amor ao próximo como a ti mesmo”.
Francisco foi exemplo de resistência e um ponto firme de discordância na normalização de práticas que fortalecem o capital e desmerecem as pessoas e o ambiente em que elas vivem. Também não se calou diante dos abusos do poder econômico e bélico, erguendo sempre a bandeira da fraternidade.
O jornalista mato-grossense Eduardo Ramos, católico praticante, manifestou sua desolação em relação à morte do Papa Francisco. “Daí você acorda após a Páscoa e descobre que uma das poucas pessoas que ainda inspirava esperança no mundo não está entre nós. Papa Francisco foi o líder católico mais cristão do nosso tempo. Que a dor da sua partida fortaleça em nós o amor a Deus e ao próximo. Que suas lições nos ajude a resistir e possamos construir um mundo melhor”, escreveu Eduardo.
Argentino, Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, assumiu o comando da Santa Sé em março de 2013. Ele marcou a história da Igreja Católica como o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta a ocupar o cargo. O papa Francisco, uma voz dos pobres que reformulou a Igreja Católica, morreu aos 88 anos, nesta segunda-feira (21).
A morte do papa foi anunciada pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo do Vaticano. “Queridos irmãos e irmãs, é com profunda tristeza que comunico a morte do nosso Santo Padre Francisco”, disse um comunicado do camerlengo. Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da Sua Igreja.
Farrell continuou: “Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados”.
Futebol – Era apaixonado por futebol e torcedor do San Lorenzo, da Argentina. Para ele, o esporte vai além das quatro linhas, sendo um meio de aproximar diferentes culturas de forma pacífica e promover valores como solidariedade e respeito.
Ele sempre foi um torcedor fanático pelo San Lorenzo. Apaixonado pelo time, ele acompanha sua trajetória e se orgulha de sua história. A conexão com o clube é tão forte que, em diversas ocasiões, recebeu representantes da equipe. A única conquista do time na Libertadores, em 2014 aconteceu, coincidentemente, após ele virar Papa.
Ao longo dos anos, recebeu inúmeros times e jogadores no Vaticano, além de colecionar camisas personalizadas de clubes e seleções de diversos países. A delegação argentina passou no Vaticano antes de todas as Copas desde 2014. Seu incentivo ao esporte também ficou evidente quando, em 2019, apoiou a criação do primeiro time feminino do Vaticano, ampliando ainda mais o espaço para a participação das mulheres na modalidade.
Questionado sobre quem era melhor entre Maradona e Messi, o argentino surpreendeu.
— Eu coloco um terceiro: Pelé. São os três que segui. Maradona, como jogador, foi um grande, um grande. Mas, como homem, falhou. Messi é corretíssimo. É corretíssimo. É um senhor. Mas, para mim, desses três, o grande senhor é Pelé. Um homem de um coração…Eu falei com Pelé uma vez, o encontrei em um voo, quando ia a Buenos Aires, conversamos. É um homem de uma humanidade muito grande. Mas, os três são grandes — relativizou o Papa.
(Da redação com CNN e Lance!)